Apple ameaça reparador de celulares colombiano com pena de prisão
O homem propôs um acordo para a empresa de tecnologia trabalhar em parceria e atender os clientes.
Enquanto muita gente fica de olho nos lançamentos da Apple e na chegada do iPhone 15 em setembro, um reparador de celulares e tecnologia se tornou o centro das atenções da gigante empresa na Colômbia. Pelo menos é assimWilmer BecerraFoi compreendida a situação da empresa, que foi tornada pública nas redes sociais.
Segundo o dono da empresa ‘Wiltech’, ele recebeu uma carta do escritório de advocacia americano ‘Baker McKenzie’ e nela indicam que estavam representando a Apple para fazer alguns pedidos e evitar chegar às principais instâncias jurídicas.
“A Apple tem o direito exclusivo de usar as Marcas Apple, de permitir que seus licenciados e revendedores autorizados usem as Marcas Apple e de impedir que outros usem as Marcas Apple sem o seu consentimento”, diz parte do documento que o colombiano postou no seus perfis de mídia social.
Embora pareça improvável que uma empresa gigante tenha como alvo um reparador de dispositivos de tecnologia, as contas de mídia social da empresa colombiana acima mencionada têm números significativos: mais de 220.000 seguidores no Instagram, mais de 6 milhões no Facebook, mais de 5 milhões no TikTok e 147.000 assinantes no YouTube.
Seu trabalho se popularizou quando ele começou a fazer reparos ao vivo, tanto com seus clientes à sua frente quanto em transmissões em plataformas digitais. Desta forma, procurou garantir a qualidade do seu trabalho e garantir que a mão de obra e as peças de reposição que utilizou fossem verificadas. A marca ‘Wiltech’ ficou mais conhecida online e possui pontos de reparo em outros países das Américas: Argentina, Chile, Equador, Bolívia, Peru, México e Guatemala, segundo seus dados.
Isso tem despertado muito interesse, temos que encarar com cautela o queWilmer Becerracompartilhou sobre a carta dos advogados da Apple e o que ele presume que eles estão pedindo de sua empresa.
O fragmento citado explica que o conflito ocorre pelo tratamento das “Marcas Apple”, que inclui o nome da empresa e seus produtos, logotipos e imagens de equipamentos tecnológicos, bem como menções diretas aos mesmos em peças publicitárias, vídeos promocionais e publicações em rede.
A carta também afirma que a pena na Colômbia seria de “quatro (4) a oito (8) anos de prisão e uma sanção pecuniária”. Em nenhum momento explicam que estão impedindo o direito ao trabalho ou à reparação de elementos tecnológicos desta ou de outras empresas do mercado. Mas é isso que o homem dá a entender no post do Instagram que acompanha a imagem.
Em sua mensagem,Becerrapergunta ao público se é crime consertar itens de tecnologia que a Apple considera irreparáveis, ou se não deve ser o proprietário do equipamento quem decide se busca um conserto e com quem fazê-lo.
Para encerrar o assunto por enquanto,Wilmer Becerracompartilhou qual teria sido sua resposta aos advogados da Apple que o contataram: “Respeitados advogados, digam ao seu cliente que é melhor fazermos uma aliança entre a Apple e a ‘Wiltech’ para oferecer um sistema de reparo de qualidade para todos os produtos Apple que não podem ser cobertos pela garantia ".
Nas entrevistas e depoimentos que tem dado à mídia, o colombiano tem mantido o discurso e diz que tem recebido apoio nas redes sociais: “Tenho uma comunidade que me apoia”.
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