VR está morto
É difícil acreditar que foi há apenas 11 anos que a RV capturou o zeitgeist. Em abril de 2012, a Oculus chegou ao Kickstarter com o kit de desenvolvedor Oculus Rift, e o mundo da tecnologia entrou em um frenesi “este é o futuro”. O Facebook colocou um cheque de US$ 2 bilhões na mesa e adquiriu a empresa em 2014.
Mas hoje, tal como está, a RV está praticamente morta.
VR – como um sistema para estar exclusivamente em realidade virtual – quase não existe mais como conceito. Mesmo o fone de ouvido convencional mais barato que existe, o Meta Quest 2, possui um recurso de passagem, o que significa que possui recursos de AR. O Quest 3 adiciona passagem de alta definição em cores. E, deixando de lado o preço de US $ 3.500, o Vision Pro da Apple leva o conceito tão longe que nem usa mais a nomenclatura VR.
Isso ocorre porque a VR está faltando a única coisa crucial que poderia tê-la transformado de “brinquedo legal” em “dispositivo indispensável”: um aplicativo matador. Mesmo com o amadurecimento do mercado, a VR ainda luta para encontrar uma razão para existir.
Em 2015, o TechCrunch publicou um artigo que especulava que o mercado poderia atingir 150 mil milhões de dólares em receitas até 2020. Aqui estamos, aproximando-nos de 2024, e parece que o mercado está em torno de 32 mil milhões de dólares – um quinto do que os analistas ofegantes estavam a adivinhar.